domingo, 13 de junho de 2010

OS INDIVÍDUOS, SUAS HISTÓRIAS E SUAS FAMÍLIAS - 18

BÉDAT (2) - Este grupo, passageiro do Heureux Voyage, era composto por irmãos de Frederic Bédat. Eram eles Marie-Catherine , nascida em 1795 e Louis (ou Humbert) nascido em 1805 (uma terceira irmã, inscrita, não embarcou). Marie-Catherine se casaria em Nova Friburgo com o imigrante Henri Bockstall, que morreria em 1826 esmagado por uma árvore. O casal teve uma filha e Catherine outra filha após viuvez. Quanto ao irmão Louis, este partiria para o Rio de Janeiro.
BÉDAT (3) - Antoine Bédat, 21 anos, viajou no Debby Elisa mas pouco tempo permaneceu no Brasil, embarcando para Lisboa.
BELLINGER - Dominique Bellinger tinha 44 anos ao embarcar no Heureux Voyage. Católico de lingua alemã faleceu logo após chegar à Nova Friburgo.

sábado, 30 de janeiro de 2010

OS INDIVÍDUOS, SUAS HISTÓRIAS E SUAS FAMÍLIAS - 17

FAMÍLIA BÉDAT (1) - Frederic Bédat, católico, 30 anos, suiço de Porrentruy, chegaria ao Brasil a bordo do veleiro Heureux Voyage, juntamente com sua esposa francesa Marie Françoise Xavière Bendy e duas filhas menores. Destas, Marie Catherine, de 4 anos, morreria ainda em 1820. O casal, que ocuparia em Nova Friburgo a casa 42 e o lote agrícola 14, teria ainda mais dois filhos; Frederico, nascido em 1821 e Generosa, nascida já no Rio de Janeiro em 1830, onde morreria o patriarca em 1843.
Josephine Marie Françoise Bédat, a filha do casal nascida na Suiça, que sobreviveria a viagem, viria a se casar no Rio de Janeiro com o alemão Peter Borgeth, sendo este casal, antepassado do médico Alberto Borgeth (1892-1958) um dos fundadores do departamento de futebol do Clube de Regatas Flamengo.

domingo, 18 de outubro de 2009

OS INDIVÍDUOS, SUAS HISTÓRIAS E SUAS FAMÍLIAS - 15

Família Bazet - De nacionalidade francesa, filho de Jean Bazet e Jeanne Bareil, Jean Julien Bazet foi o primeiro médico da colônia de Nova Friburgo. Nascido em Nay, departamento dos Baixos Pirineus, em torno de 1791, era católico e se expressava em francês e espanhol. Logo ao chegar, através do Camillus, em 1820, seria ele uma das testemunhas de acusação no processo movido contra o diplomata Nicolas Gachet, idealizador suiço do movimento migratório. Uma vez na colonia, além da medicina, exerceria também intensa atividade política, sendo vereador e presidente da câmara municipal em mais de uma ocasião. Casado aos 24-09-1829 com Justine Froidevaux, também imigrante, teria com ela os filhos Julião, Adélia e Hortensia. Deixou descendencia no Brasil até os dias de hoje, através de uma de suas filhas.
Faleceu em data incerta, após 1854. Sua esposa se radicaria em Pau, França.
Família Beaud (I) - François, Joseph e Catherine Beaud, naturais de Aubeuve e provavelmente irmãos teriam se inscrito para a colonia brasileira. Destes, François e Catherine faleceriam a bordo do Urania. Quanto a Joseph, provavelmente não terá embarcado.
Família Beaud (II) - Hilaire Beaud, natural de Aubeuve, Cantão de Fribourg, seria, segundo a documentação de chegada, irmão dos relacionados acima. Passageiro do Urania, nascido em 1799, este imigrante se engajaria, em 1824, no Regimento de Estrangeiros, não mais retornando a Nova Friburgo.
Família Beaud (III) - Michel Beaud, agricultor, passageiro do Daphne, era também natural de Aubeuve, tendo viajado a bordo do Daphne. Católico como os demais e de expressão francesa, foi considerado pelas autoridades brasileiras " aleijado do braço esquerdo e inábil para o trabalho". Casado desde fevereiro de 1822, com Madeleine Robadey, teve com ela pelo menos treze filhos.

domingo, 2 de agosto de 2009

5 - A NOMEAÇÃO DO INSPETOR E A ESCOLHA DO LOCAL

O religioso Pedro Miranda de Machado Malheiro[1], nomeado para o cargo de Inspetor da Colonização estrangeira em 11 de maio de 1818, será o principal artífice quanto ao local em que se estabeleceria o que se acreditava então, ser apenas o primeiro contingente. Descartando o planalto curitibano, opção inicial de Gachet, que se baseara nos relatos de John Mawe[2] quanto a região sul, o Inspetor da Colonização Estrangeira vem a se fixar nas terras pertencentes a Cantagalo. Em sua interpretação, o primeiro grupo, cuja chegada estaria prevista para o ano seguinte, deveria permanecer próximo à corte "por usufruir melhor da proteção real e recorrer mais facilmente às autoridades competentes.”Tal zelo, não de todo injustificado sob a ótica absolutista, encerraria também uma tentativa de vigilância mais eficaz sobre tão grande número de estrangeiros em um país quase desprovido dos mesmos, além do que, se dotaria a província que abrigava a capital do Reino Unido do Brasil, de um expressivo contingente do elemento branco a se erguer como anteparo ante o incremento da população escrava.

A idéia de sedição dos cativos, sempre presente no imaginário das elites, amparava-se na lembrança dos pequenos levantes ocorridos na Bahia a partir de 1807, fomentados em geral por negros islamizados. Sintomaticamente será na antiga capital brasileira que, em 1816, se proporá ao governo "promover a imediata imigração de famílias européias, 100 delas inicialmente, a fim de diminuir o desequilíbrio numérico em favor dos negros”[3], número de famílias este a figurar no tratado referente aos suíços.

Não se desconhece que o fluxo negreiro para o Brasil, mais significativo que o crescimento vegetativo destas populações, acentuara-se com a expansão do café. Ao contrário, pois, de mero substituto do braço cativo na plantação, a vinda organizada de europeus tinha para as elites um caráter de "limpeza étnica" já em 1819, tendência que se firmaria ao longo de todo o século, experimentando o apogeu nas experiências paulistas dos anos oitenta.

Outra razão, de caráter algo obscuro, mobilizará Miranda em seu intento de estabelecer a colônia em tal sitio e a veemência com que vem a defender o território pretendido terá como efeito levantar suspeitas ao menos quanto as suas qualidades de administrador do erário público. Como é sabido, os sertões de Cantagalo, a despeito da proximidade com o Rio de Janeiro e mesmo com as cidades mineiras do ciclo do ouro, haviam sido palco de um povoamento tardio por parte do europeu, contando, pois, ainda em 1818, com terras devolutas ou sobremaneira baratas. Não obstante, decide Miranda adquirir de Monsenhor Almeida, religioso como ele e velho conhecido, a fazenda denominada Morro Queimado, de cerca de três léguas em quadra, por quantia superior a dez contos de réis[4], acrescida de dívida de um conto e quinhentos mil réis.

Em que pese a estranheza de, em um país despovoado o próprio governo proceder a compra de terras por quantia vinte vezes superior ao que custara a mesma ao antigo proprietário, a transação será autorizada pelo próprio rei em 6 de maio de 1818, no mesmo documento em que nomeia seu desembargador do Paço para o cargo de Inspetor da Colonização estrangeira:

"Pedro Machado de Miranda Malheiro, Desembargador do Paço do meu Conselho, Amigo. Eu El-Rei vos envio muito saudar. Tendo aceitado as proposições que me foram feitas por Sebastião Nicoláu Gachet, autorisado pelo Governo do Cantão de Fribourg, pedindo-me o estabelecimento de uma Colônia de várias famílias da Suissa, catholicos romanos, n'este Reino do Brasil; e tendo determinado que ella passe a estabelercer-se no districto de Cantagallo na Comarca desta Cidade, na fazenda do Morro Queimado, que o seu proprietário, Monsenhor Almeida, voluntariamente se offerece a vender para a minha Real Fazenda, por me fazer serviço, e determinando também que vós tivesseis a inspeção desta colonia para cuidardes no seu arranjo e da boa direcção do seu estabelecimento: Houve por bem, por decreto da data desta, nomearvos inspector deste estabelecimento e por esta sou servido autorisar-vos para procederdes à compra da mesma propriedade com o sobredito proprietário della e às mais compras que para o mesmo estabelecimento se fizerem necessárias, para tomardes posse das terras para os meus proprios, e depois repartil-as entre os colonos, mandareis fazer as obras que forem necessarias e tratar do desembarque e acomodações dos mesmos colonos nomeareis pessoa que vos ajude e suppra as vossas vezes, representando nos casos ocurrentes o que fôr necessario pela Secretaria de Estado dos Negócios do Reino, pela qual recebereis as instruções e as mais providências que se fizerem necessárias, pois da vossa intelligencia e zelo pelo meu real serviço, confio que executareis tudo a minha satisfação. Escripta no Palácio do Rio de Janeiro, em 6 de Maio de 1818. REI."[5]

A venda, que "voluntariamente" Monsenhor Antonio José da Cunha Almeida se prontificara a fazer "para servir a El Rei" renderia pois ao abnegado súdito, um extraordinário lucro, não tendo o mesmo passado despercebido a alguns de seus contemporâneos, como Hypolito da Costa, jornalista brasileiro que de seu refúgio londrino, publica no Correio Brasiliense, ácidas críticas à transação e ao projeto imigrantista[6].

De qualquer modo, Gachet, em visita a Morro Queimado, não faz qualquer restrição à escolha do que seria a partir de então seu principal interlocutor no Brasil. Referindo-se às terras que compõem a fazenda, acredita possuírem as mesmas vantagens de "terem numerozos sítios próprios para o pasto do gado, os quais, posto que montuozos e cheios de mattos, bastarão a sustentar muitos milhares de cabeças".[7]

Miranda adquire ainda mais duas sesmarias contíguas, de meia légua em quadra[8], utilizando para todas as transações, de fundos arrecadados pelo próprio governo através da emissão de apólices pagáveis em oito anos. Entre as despesas, previa-se também a construção de casas, prédio destinado à administração da colônia, armazéns, capela, moinho e demais edificações necessárias a manutenção da vila a ser criada. Quanto aos índios que ainda erravam pela região, seriam eles mandados remover por aviso real, ordenando-lhes aldeamento em outro local para “não serem por elles offendidos os colonos”.[9]

As despesas vultosas com esta migração subsidiada, teriam alcançado, segundo Roberto Simonsen[10] a fabulosa quantia de 1.500 francos franceses por colono, o que se nos afigura um exagero do economista, contudo, as somas envolvidas foram de tal ordem expressivas, que o ministro Thomaz Antônio de Villa Nova Portugal, um entusiasta da migração estrangeira, não mais logrou obter de D. João VI autorização para os assentamentos posteriores, previstos no projeto inicial.



[1] Pedro Machado Miranda Malheiro (ou Malheiros), magistrado e religioso, segundo a Enciclopédia Delta Larousse teria nascido em Guimarães, Portugal, em data ignorada. Doutor em cânones pela Universidade de Coimbra e bacharel em filosofia, foi substituto da cadeira de história eclesiástica da mesma universidade e monsenhor acólito da Santa Igreja Patriarcal de Lisboa. Em 1808, era sargento-mor do batalhão dos privilegiados, voluntários de Nossa Senhora de Oliveira, da vila de Guimarães, sendo promovido a major em 1810 pelos serviços prestados à restauração e a defesa do reino. Desembargador do Paço e da Mesa da Consciência, foi ainda chanceler-mor do reino do Brasil em 1817, juiz conservador e deputado da junta de administração do Tabaco em 1818. Neste mesmo ano será nomeado inspetor da colonização estrangeira, cargo que ocupa até 1821, quando volta a Portugal. Uma vez mais no Brasil e aceitando a nacionalidade brasileira, será reconduzido ao posto por Pedro I. Em 1819 D. João VI lhe concederá a propriedade da capela de Santana de Japuíba e bens dotais a ela pertencentes. Ministro do Supremo Tribunal em 1828, faleceu no Rio de Janeiro em 1839 (Pedro Calmon assinala 1838).

[2] John Mawe, mineralogista inglês, fora em 1809 convidado pela coroa a visitar a região de Cantagalo, para averiguar a incidência de prata em Santa Rita do Rio Negro. Sua passagem por Morro Queimado é documentada pelo próprio, em sua “Viagens ao Interior do Brasil”.

[3] Losada, Gioconda – Presença Negra , Uma Nova Abordagem da História de Nova Friburgo - EDUFF

[4] A sesmaria morro Queimado pertencera antes a Lourenço Correa Dias, que nela pretendera criar gado. Este a cedera pouco antes de 1819 a Monsenhor Almeida. Segundo Thomé Maria da Fonseca e Silva (Revista do IHGB, n. 14) os valores da transferência para o governo, avultariam a 11:854$000 .

[5] Transcrito de Pedro Cúrio – Como surgiu Friburgo

[6] Nicoulin, Martin – A Gênese de Nova Friburgo.

[7] Idem.

[8] Foram adquiridas também as fazendas Córrego d’Antas e São José, destinadas a domínio da coroa.

[9] Cansação de Sinimbu, João Lins Vieira – Notícias das Colônias Agrícolas Suissa e Alemã fundadas na freguesia de S. João Batista de Nova Friburgo. Niterói, 1852.

[10] Simonsen, Roberto – A História Econômica do Brasil

sábado, 25 de julho de 2009

OS INDIVÍDUOS, SUAS HISTÓRIAS E SUAS FAMÍLIAS - 15

FAMÍLIA BAUNGART
Marie Therese Baungart, de 23 anos era passageira do Heureux Voyage. Católica, de origem incerta (provavelmente Bâle), mas de expressão germânica, ocuparia em Nova Friburgo a casa 85 e o lote 28. Casada em 2 de maio de 1820 com o marinheiro hannoveriano, Christope Jansen, que abandonara o navio para se juntar aos colonos, já em 1824 seu destino é incerto e não sabido.
FAMÍLIA BAVAUD
O cultivador Louis Bavaud, solteiro e natural de Mézières, Cantão de Fribourg, tinha 21 anos ao embarcar no Urania. Empregado do também colono Pierre Gavillet, era católico, expressava-se em francês e na colonia ocuparia a casa 18 e o lote 17. Em 1823, no entanto, abandona a lide agrícola, alistando-se no recém criado Regimento de Estrangeiros da Corte. Sabe-se que daria baixa três anos depois, estando seu destino, desde então, incerto.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

OS INDIVÍDUOS, SUAS HISTÓRIAS E SUAS FAMÍLIAS - 14

FAMÌLIA BAUDIN
Esta família, protestante, francófona e natural do Cantão de Vaud, viajaria a bordo do Elisabeth Marie, ocupando em Nova Friburgo a casa 98 e o lote agrícola 32. Composta por cinco membros; o pedreiro François Baudin, nascido em 1787, sua esposa Marie-Madeleine Beauvais, nascida em 1788 e três filhos menores (Lisette, Jean-David e Nanette), no Brasil lhes nasceria ainda Anna Francisca e Josefa, esta última falecida aos três meses de idade, em agosto de 1822. Desta família restam poucos registros à partir da segunda metade do século XIX, mas certamente, em linha materna terá deixado muitos descendentes.
FAMÍLIA BAUER
A viuva Marie-Barbe Bauer-Juillerat, católica e francófona nascida em 1765 em Rebérvellier, Jura, viajaria a bordo do Deux Catherines juntamente com os filhos Jean Pierre, 1802, Jean Baptiste 1804, e George Ignace, 1809. Em Nova Friburgo ocupariam eles a casa 25 e o lote agrícola 72, sendo que em 1824 Jean Pierre é assinalado em Saquarema. Esta família, nos documentos oficiais ora é assinalada como Bauer e ora como Juillerat.

domingo, 12 de julho de 2009

OS INDIVÍDUOS, SUAS HISTÓRIAS E SUAS FAMÍLIAS - 13

FAMÍLIA BARTH
Elisabeth Barth, natural de Courroux, Cantão do Jura, nascera a 24/08/1783. Passageira do Debby Elisa, era católica e expressava-se em francês e alemão. Uma das poucas mulheres a emigrar desacompanhada, o Registro Geral de Colonos Suíços assinala junto a seu nome a palavra "douda". Em Nova Friburgo ocupou a casa 59 e o lote 64, casando-se em data indeterminada com o também imigrante Ulrich Kolly, com o qual tem uma filha, Maria Francisca, em 30/10/1821. Faleceu em 08/06/1840.
FAMÍLIA BAUDEVIN
Também assinalada como Bodevin, desta família chegou a Nova Friburgo o agricultor Joseph Bodevin, católico, francófono, natural de Grandvillard, Cantão de Fribourg. Nascido em 02/06/1794 e passageiro do Urania, ele ocuparia na colonia a casa 41 e o lote 51, casando-se com a brasileira Fortunata Maria do Amor Divino, com a qual teria pelo menos quatro filhos. Atualmente esta família, difundida pelo Espirito Santo e Minas Gerais, trás o sobrenome na forma "Bodevan".

sexta-feira, 29 de maio de 2009

OS INDIVÍDUOS SUAS HISTÓRIAS E SUAS FAMÍLIAS - 12

FAMÍLIA BARDY
O professor de primeiras letras Pierre Bonaventure Bardy era natural de Fribourg, onde nascera em 03/08/1800. Católico, francófono mas com algumas noções de alemão, passageiro do Daphne, ocuparia em Nova Friburgo a casa 22 e o lote agricola 80, o qual não utilizaria em função da atividade profissional. Mestre-escola da colônia suíça, contrai ele matrimonio em 1825 com Catherine Luterbach, natural de Lucerna e viúva que ficara do boticário Leopoldo Boelle. Além da atividade docente, montaria ele, juntamente com a esposa, uma "casa de pasto" (pensão), objetivando um reforço pecuniário. O casal teria pelo menos uma filha, de nome Maria Isabel, mas após sucessivos desentendimentos entre Bardy e as autoridades locais, deixam eles Nova Friburgo, radicando-se em outra região.
FAMÍLIA BARRAS (I)
O cultivador Etienne Barras, nascido em Villarepos, Cantão de Fribourg, em 1797, viajaria no Daphné rumo ao Brasil. Francófono e católico, ocuparia em Nova Friburgo a casa 29 e o lote agrícola 59. Em 1824, no entanto, já se encontra ele desaparecido da colônia, tido como desertor do Regimento de Estrangeiros. Em 1846 vamos encontrá-lo, ainda solteiro, em Cantagalo.
FAMÍLIA BARRAS (II)
Marie Barras, nascida em Fribourg, aos 29/05/1816, viajaria com a mãe, Marie Joseph Colignon, no Daphné. Ocupante da casa 14 e lote agrícola 49 morreria em 17/10/1839, na condição de solteira.

terça-feira, 21 de abril de 2009

OS INDIVÍDUOS, SUAS HISTÓRIAS E SUAS FAMÍLIAS - 11

FAMÍLIA BAPST
A família do agricultor Jean Bapst, nascido em 1788, era seguramente uma das mais pobres da migração, obtendo auxílio de sua comuna para o traslado ao Brasil. Natural de La Roche, Cantão de Fribourg, francófona e católica, era composta ainda pela mulher Marie Passpland, nascida em 1784 e quatro filhos; Jean-Joseph, 8 anos, Jean-Baptiste, 6 anos, Jean-Jacques, 3 anos e Jean Laurent, de apenas 1 ano. este último viria a falecer ainda na Holanda, antes mesmo da família embarcar no Urania. Os sobreviventes ocupariam em Nova Friburgo a casa 6 e o lote agrícola 12, logo porém, deslocando-se para Cantagalo. Mais quatro filhos nasceriam no Brasil, Alexandre Antonio, João Pedro, Protazio Antonio, Antonia Maria, Maria e um menino, falecido logo após o nascimento, em 1830. Esta família deixou, no presente, vasta descendência, notadamente no distrito de São Sebastião do Paraíba, em Cantagalo.
FAMÍLIA BARD
Composta por nove indivíduos, a família do cultivador Joseph Bard, nascido em 1770, em Semsales, Cantão de Fribourg, era uma das mais numerosas da migração. Com ele viria sua esposa Claudine Hayoz, 46 anos (falecida pouco depois de chegar), e os filhos Marie Françoise, 20, Marie-Josette, 19, Marianne,17, Jean,13, Jean-Joseph,11 (falecido pouco depois de chegar), Joseph, 7, e Marie Madeleine, 4 anos. Passageiros do Urania, ocupariam em Nova Friburgo, a casa 23 e o lote 69, mas gradualmente se deslocam para o distrito de São Sebastião do Paraíba em Cantagalo, municipio no qual, deixam hoje vasta descendência.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

OS INDIVÍDUOS, SUAS HISTÓRIAS E SUAS FAMILIAS - 10

FAMILIA BALONECKER
A familia Balonecker, tipicamente camponesa, francófona e católica, natural de Glovelier, Jura, chegaria ao Brasil a bordo do Deux Catherines. Era composta pelo patriarca Joseph Balonecker, nascido em 1770, sua esposa Ursule Bauer, nascida em 1769 e quatro filhos; Dominique, 15 anos, Marie-Joseph, 13 anos, Joseph, 10 anos e Marguerite, 7 anos. Todos chegariam a Nova Friburgo, ocupando a casa 25 e o lote agricola 72. Esta familia se dedicaria a atividade rural por toda a existência, deixando descendentes nos dias de hoje. Dos filhos aqui chegados, somente Dominique, que não possuía o pé direito, morreria solteiro.
FAMILIA BÄNDELY
O tanoeiro e marceneiro Jean Bändely, natural de Fribourg e nascido em 1791, chegaria ao Brasil a bordo do Deux Catherines. Católico, este colono expressava-se em francês e alemão, ocupando em Nova Friburgo a casa 52 e a gleba 50. Solteiro e disposto a grande mobilidade espacial, em 1824 seu destino já não é conhecido.